A Degenerescência Macular da Idade (DMI) é uma doença que pode levar à perda grave da visão!

Um conselho da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO) e do Grupo de Estudos da Retina (GER)

Como é diagnosticada?

A DMI é diagnosticada através de exames oftalmológicos realizados por Médicos oftalmologistas, que avaliam a saúde da retina e da mácula.

O diagnóstico precoce é crucial para iniciar o tratamento adequado e atrasar a progressão da doença.

Os principais métodos e exames utilizados para diagnosticar a DMI são:

Teste de Acuidade Visual

  • Um teste de acuidade visual é realizado para avaliar a visão do paciente e detectar qualquer perda de visão central.
  • Nos casos de visões muito baixas, o seu médico oftalmologista dispõe de escalas próprias de medição da visão, de forma a poder avaliar a progressão da doença ou resposta ao tratamento.

Exame de Fundo de Olho (Fundoscopia)

  • O oftalmologista dilata as pupilas com colírios para examinar o fundo do olho (retina).
  • A observação do fundo do olho também pode ser feita com fotografias da retina (retinografias), que servem para documentar a condição inicial da mácula e monitorizar a progressão da doença ao longo do tempo.

Tomografia de Coerência Óptica (OCT)

  • A OCT é um exame de imagem não invasivo que usa ondas de luz para capturar imagens detalhadas das camadas da retina.
  • Este exame ajuda a identificar as alterações de DMI na mácula, classificar o estadio e tipo de lesão, permitindo a decisão para a melhor orientação terapêutica.
  • A angiografia por OCT (OCT-A) é uma diferenciação da técnica que permite visualizar os vasos sem injeção de contraste ( não invasivo). Permite identificar os vasos anómalos presentes na DMI e sua evolução.

Angiografia com Fluoresceína

  • Durante este exame, um corante (fluoresceína) é injetado na veia do braço, e uma câmara especial tira fotografias do fluxo sanguíneo nos vasos da retina.
  • A angiografia com fluoresceína ajuda a identificar vasos sanguíneos anormais e derrames de liquido, que são comuns na DMI húmida.

Angiografia com Indocianina Verde

  • Semelhante à angiografia com fluoresceína, este exame usa um corante diferente (indocianina verde) que pode fornecer imagens mais detalhadas dos vasos sanguíneos da retina, e especialmente da coroide, a camada vascular por trás da retina.
  • É útil para detectar a formação de novos vasos sanguíneos que podem não ser visíveis na angiografia com fluoresceína.

Autofluorescência

  • A Autofluorescência é uma técnica de imagem não invasiva utilizada para avaliar a saúde da retina, em especial a mácula, e pode ser particularmente útil no diagnóstico e acompanhamento da DMI. Este exame baseia-se na capacidade natural de certas estruturas e substâncias dentro do olho, como as lipofuscinas, de emitirem fluorescência quando estimuladas por luzes de determinados comprimentos de onda.
  • É muito útil na deteção e seguimento das áreas de atrofia, como na DMI seca ou atrófica.

Avaliação e Acompanhamento

Após o diagnóstico, o médico oftalmologista discutirá com o paciente o tipo de DMI presente (seca ou húmida) e o estadio da doença. O acompanhamento regular é essencial para monitorizar qualquer progressão e ajustar o tratamento conforme necessário. Para aqueles com DMI seca, os exames de acompanhamento podem ser menos frequentes, enquanto a DMI húmida pode exigir visitas mais regulares para monitorizar a resposta ao tratamento e identificar rapidamente qualquer nova atividade da doença.

Última atualização em Setembro 2024
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